segunda-feira, 15 de maio de 2017

quarta-feira, 10 de maio de 2017

As vitaminas

As vitaminas
As vitaminas são moléculas orgânicas necessárias em pequena quantidade para o funcionamento adequado do organismo. Elas funcionam, principalmente, como catalisadoras de reações químicas dentro do nosso corpo, ou seja, atuam aumentando a velocidade de uma reação.
Na falta dessas substâncias, nosso organismo pode não conseguir realizar atividades essenciais efetivamente, havendo, assim, problemas graves de saúde. Para evitar o problema, é fundamental uma dieta saudável, que inclua, entre outros alimentos, vegetais, carnes, ovos e grãos. À carência de vitaminas dá-se o nome de hipovitaminose ou avitaminose.

Classificação das vitaminas
As vitaminas podem ser classificadas em dois grandes grupos: hidrossolúveis e lipossolúveis. As vitaminas hidrossolúveis são aquelas que são solúveis em água. Elas são armazenadas em pouca quantidade e, por isso, é necessário ingeri-las diariamente. As vitaminas lipossolúveis, por sua vez, são aquelas solúveis em lipídios (gorduras). Elas, diferentemente das hidrossolúveis, são armazenadas por mais tempo, não necessitando, portanto, de ingestão diária.
Veja a seguir as principais vitaminas:

Vitaminas hidrossolúveis
  • Vitaminas do complexo B (complexo formado por oito vitaminas): Essas vitaminas destacam-se pelo seu papel no fornecimento de energia para o corpo, por ajudarem no funcionamento do sistema nervoso e na manutenção do tônus muscular no sistema digestório. Podem ser encontradas em cereais, ovos, carnes, hortaliças e frutas.
  • Vitamina C (ácido ascórbico): Vitamina relacionada com a manutenção dos capilares, formação do colágeno, produção de hemácias, formação de ossos e dentes e absorção de ferro. Podemos encontrar essa vitamina em frutas cítricas, como limão e laranja, no brócolis, tomate, couve, entre outros.
Vitaminas lipossolúveis
  • Vitamina A (retinol): Essa vitamina atua principalmente na nossa visão, manutenção da pele e imunidade. Pode ser encontrada em alimentos como fígado, ovos, leite, vegetais folhosos verde-escuros e vegetais amarelo-alaranjados. (Leia também: A deficiência de vitamina A e a xeroftalmia)
  • Vitamina D (calciferol): Relaciona-se principalmente com o metabolismo dos ossos, sendo responsável por evitar o raquitismo. Essa vitamina pode ser encontrada em óleo de fígado de peixe, gema de ovo e manteiga. Podemos ainda produzir essa vitamina em nosso corpo quando realizada a devida exposição ao sol.
  • Vitamina E (tocoferol): Essa vitamina apresenta uma importante ação antioxidante. Pode ser encontrada em óleo de milho, gérmen de trigo, grãos e laticínios.
  • Vitamina K (filoquinona): Essa vitamina relaciona-se, principalmente, com a coagulação do sangue. É encontrada principalmente em vegetais folhosos e legumes.
Observação As vitaminas são substâncias que podem ser facilmente destruídas em virtude do calor e da exposição ao oxigênio. A vitamina C, por exemplo, pode ser perdida facilmente se armazenarmos um alimento de maneira inadequada ou o aquecermos exageradamente. Assim sendo, muitos alimentos, como verduras, legumes e frutas, devem ser consumidos preferencialmente crus e serem cortados apenas no momento da ingestão.

As proteinas

 As proteínas
 As proteínas, compostos orgânicos bastante abundantes, são constituídas por aminoácidos que formam cadeias entre si por intermédio de ligações peptídicas. Esses aminoácidos são formados por um carbono, um ácido carboxílico, uma amina e um radical, o qual varia de aminoácido para aminoácido. Geralmente, para ser considerada uma proteína, a cadeia deve apresentar mais de setenta aminoácidos. Quando a cadeia é menor, o termo adequado é peptídeo.
Existe uma infinidade de proteínas nos seres vivos, e elas variam de espécie para espécie. Organismos de um mesmo táxon apresentam mais proteínas semelhantes, o que não acontece com seres muito distintos. As proteínas diferenciam-se principalmente pelo número de aminoácidos e pela sequência em que eles se dispõem nas cadeias polipeptídicas.
As proteínas apresentam uma extensa lista de funções no organismo e são encontradas em todas as estruturas da célula, substâncias intersticiais, anticorpos, entre outros. Entre as funções que podem ser atribuídas às proteínas, destacam-se seu papel no transporte de oxigênio (hemoglobina), na proteção do corpo contra organismos patogênicos (anticorpos), como catalizadora de reações químicas (enzimas), receptora de membrana, atuação na contração muscular (actina e miosina), além de serem fundamentais para o crescimento e formação dos hormônios.
Diante de tamanha importância, é fundamental que as proteínas sejam obtidas por meio de uma boa alimentação. Entre os alimentos que se destacam pela grande quantidade desse nutriente, podemos citar as carnes, leite, ovos, cereais integrais, feijão, legumes e vegetais folhosos.
As proteínas podem ser classificadas em dois grandes grupos: as globulares e as fibrosas. As proteínas globulares formam estruturas com formato esferoide. Nesse grupo, são encontradas importantes proteínas, tais como as enzimas e anticorpos. Já as proteínas fibrosas organizam-se em forma de fibras ou lâminas, e as cadeias de aminoácidos ficam dispostas paralelamente. Diferentemente das globulares, estas são pouco solúveis em água.
Além dessa classificação, podemos considerar as proteínas como simples, conjugadas e derivadas. As proteínas simples apresentam apenas aminoácidos. Nas proteínas conjugadas, além de aminácidos, existe um radical de origem não peptídica, que é denominado de grupo prostético. As proteínas derivadas, por sua vez, não são encontradas na natureza e são conseguidas graças a processos de degradação de proteínas simples ou conjugadas.
Utilizando-se como base seus níveis de organização, as proteínas também podem ser classificadas em primárias, secundárias, terciárias e quartenárias. Na estrutura primária, observa-se que a cadeia polipeptídica é linear e não apresenta, portanto, ramificações. Na estrutura secundária, por sua vez, observa-se que a proteína não está esticada, e sim torcida e dobrada, o que muitas vezes lembra a estrutura do DNA. Já na estrutura terciária, observa-se uma organização tridimensional globosa exclusiva das proteínas globulares. Por fim, temos as proteínas quartenárias, que formam grandes enovelados. Uma proteína só pode ser classificada como quartenária se apresentar duas ou mais cadeias polipeptídicas.
Uma característica importante das proteínas é sua capacidade de desnaturação. Ao serem submetidas, por exemplo, ao calor excessivo, agitação, radiação e pH extremo, observarmos que as estruturas secundárias e terciárias desses compostos orgânicos alteram-se de maneira irreversível, o que causa a perda de suas propriedades. É por isso que, ao cozinhar alguns alimentos, perdemos muito do seu poder nutricional.

Os carboidratos

 Os carboidratos
Os carboidratos, conhecidos também como glicídios ou açúcares, são importantes biomoléculas que constituem a base da nutrição dos organismos não fotossintetizantes. Eles podem ser definidos como poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou ainda substâncias que liberam esses compostos quando sofrem o processo de hidrólise (quebra de uma molécula por água).
Os carboidratos são as biomoléculas mais predominantes no planeta e exercem as mais variadas funções. Dentre elas, destacam-se seu papel energético, sua atuação na composição dos ácidos nucleicos, das paredes celulares e da carapaça dos insetos e a participação em processos de interação celular.
Os carboidratos são formados principalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio, apresentando a seguinte fórmula geral: (CH2O)n. Graças a essa fórmula, também são denominados de hidratos de carbono. Vale destacar que alguns carboidratos fogem da fórmula geral e apresentam nitrogênio, fósforo ou enxofre em sua composição.

Podemos classificar os carboidratos em três grupos principais:
Monossacarídeos: São os compostos mais simples e que não podem ser hidrolisados. Sua estrutura é uma cadeia de carbono linear e simples. Como exemplo, podemos citar a glicose, frutose e galactose.
Os monossacarídeos podem ser classificados de acordo com o número de carbonos que possuem. De acordo com essa classificação, há trioses, tetroses, pentoses, hexoses, heptoses e assim por diante. Os monossacarídeos mais comuns são as pentoses, como é o caso da ribose e da desoxirribonucleico, e as hexoses, que podem ser representadas pela glicose, frutose e galactose.
Oligossacarídeos: são formados pela união de dois a 10 monossacarídeos. Quando ocorre a união de apenas dois monossacarídeos, recebem a denominação de dissacarídeo. Como principais exemplos, podemos citar a maltose (glicose + glicose), lactose (galactose + glicose) e sacarose (glicose + frutose).
Polissacarídeos: São formados por 10 ou mais monossacarídeos. Como exemplo, podemos citar o amido, o glicogênio e a celulose, três importantes macromoléculas. O amido é uma importante reserva energética encontrada nos vegetais e nos fungos. A reserva energética encontradas nos animais é o glicogênio, que fica acumulado no fígado e nos músculos. Já a celulose é um importante componente da parede celular, sendo o carboidrato mais abundante na natureza.
Existem ainda os chamados glicoconjugados, que são compostos formados pela ligação de moléculas de carboidratos a lipídios e proteínas. Quando unidos a proteínas, recebem o nome de glicoproteínas; e quando se unem a lipídios, são chamados de glicolipídios. Essas formas são bastante comuns nas membranas das células onde atuam como receptores e sinalizadores.

Os lipídios

Os lipídios 
Os lipídios são moléculas orgânicas formadas a partir da associação entre ácidos graxos e álcool, tais como óleos e gorduras. Eles não são solúveis em água, mas se dissolvem em solventes orgânicos, como a benzina e o éter. Apresentam coloração esbranquiçada ou levemente amarelada.
De acordo com a natureza do ácido graxo e do álcool que formam os lipídios, eles podem ser classificados em quatro grandes grupos: simples, complexos, derivados e precursores.
Os lipídios simples ou ternários são compostos apenas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Já os lipídios complexos ou compostos, além de possuírem os átomos presentes nos lipídios simples, apresentam átomos de outros elementos, como o fósforo. Os lipídios precursores são formados a partir da hidrólise de lipídios simples e complexos. Os derivados, por sua vez, são formados após transformações metabólicas sofridas pelos ácidos graxos.
Utilizando como critério o ponto de fusão, podemos classificar os lipídios em dois grandes grupos: as gorduras e os óleos. As gorduras são sólidas em temperatura ambiente, são produzidas por animais e seus ácidos graxos são de cadeia saturada, ou seja, unidos por ligações simples. Os óleos, por sua vez, são líquidos em temperatura ambiente, fabricados por vegetais e seus ácidos graxos possuem cadeia insaturada, ou seja, apresentam dupla ligação.

Os lipídios apresentam várias funções, destacando-se:
Composição das membranas biológicas: Todos os tecidos apresentam lipídios em sua composição, uma vez que a membrana das células é formada por fosfolipídios.
Fornecimento de energia: Quando comparado com os carboidratos, os lipídios liberam, em média, 2,23 vezes mais energia quando oxidados. Estima-se que cada grama de gordura seja responsável por liberar cerca de 9Kcal. Já uma grama de carboidrato produz apenas 4 Kcal. Vale destacar, no entanto, que o metabolismo energético dos lipídios ocorre de maneira secundária ao dos carboidratos.
Precursores de hormônios e de sais biliares: Os lipídios estão relacionados com a produção de hormônios esteroides, tais como a testosterona, progesterona e estradiol. Também se relacionam com a produção de sais biliares, compostos que agem como detergente, ajudando no processo de absorção de lipídios.
Transporte de vitaminas lipossolúveis: Os lipídios transportam vitaminas que são solúveis em gordura, tais como a A, D, E e K.
Isolante térmico e físico: Os lipídios garantem proteção contra as baixas temperaturas e contra choques mecânicos.
Impermeabilização de superfícies: Os lipídios impermeabilizam evitando a desidratação. Um bom exemplo são as ceras encontradas nas superfícies dos frutos.
Percebe-se, portanto, que os lipídios são moléculas importantes para os organismos vivos, incluindo-se o homem. Sendo assim, não é recomendada a realização de dietas que restrinjam esse nutriente da alimentação. Vale destacar, no entanto, que o consumo exagerado pode trazer riscos à saúde, como o aumento das chances de infarto em decorrência da aterosclerose.

Água e sais minerais

 Água:
A água é uma substância extremamente importante para a manutenção da vida no planeta. Ela faz parte do corpo de todos os organismos vivos, transporta substâncias, garante a realização de diversas reações químicas, além de ser considerada um solvente universal em virtude de sua capacidade de dissolver outros compostos químicos.
Importância da água para o corpo humano
A água é uma substância extremamente importante para o corpo humano, participando de sua composição, além de atuar em diversas ações do metabolismo. Estima-se que, em uma pessoa adulta, 60% da massa do corpo seja água.
No organismo humano, a água dissolve substâncias que se tornam disponíveis para as reações químicas. Além disso, a água transporta substâncias pelo corpo (plasma sanguíneo), ajuda a absorver impactos, como é o caso do saco amniótico que protege o bebê, lubrifica estruturas do corpo, garante a manutenção da temperatura por meio da produção do suor, ajuda a excretar substâncias tóxicas e em excesso, entre outras funções.

  Quantidade de água no planeta

O planeta Terra é frequentemente chamado de Planeta Água. Isso não é para menos, uma vez que essa substância ocupa 70% da superfície do nosso planeta, cerca de 1,4 bilhão de km3. Desse total, cerca de 97,5% correspondem à água salgada, que não é usada para nosso consumo. Do total de água doce, 68,9% estão em geleiras e calotas polares no estado sólido. Isso significa que a porção de água doce que podemos aproveitar fica em torno de 0,77% do total.

  Sais minerais


Os sais minerais são nutrientes que apresentam as mais variadas funções e podem ser observados em seres vivos e também na matéria não viva. Nos seres vivos, encontram-se dissolvidos em água ou imobilizados. Os dissolvidos em água estão sob a forma de íons, enquanto os imobilizados são encontrados nas estruturas esqueléticas, sendo pouco solúveis.
Os organismos vivos são incapazes de produzir sais minerais, assim sendo, devem retirar esses nutrientes de fontes alimentares de origem animal ou vegetal. Apesar de não fornecerem calorias, a ingestão dessas substâncias é de fundamental importância, uma vez que os minerais atuam, entre outras funções, na formação de ossos e dentes, condução do impulso nervoso, coagulação, manutenção do equilíbrio osmótico, transferência de substâncias pelas membranas e no processo de respiração celular.
Cálcio: É o mineral mais abundante no organismo, sendo encontrado principalmente no esqueleto. Além de formar os ossos, é um nutriente essencial para a célula, pois controla a permeabilidade da membrana. Além disso, o cálcio é importante para a contração muscular, liberação de hormônios, coagulação do sangue, entre outras funções.
Ferro: Esse mineral participa, entre outras funções, da formação das hemoglobinas, um pigmento que tem a função de transportar oxigênio. Além disso, faz parte da hemoglobina, que armazena oxigênio no músculo, e participa da respiração celular.
Flúor: Esse mineral destaca-se principalmente por prevenir problemas dentários e ósseos, mas atua também em tecidos e células.
Fósforo: Esse mineral é encontrado principalmente no esqueleto juntamente ao cálcio, formando os ossos. Além dessa função, participa da constituição das membranas celulares (fosfolipídeos), de atividades enzimáticas e fornece energia sob a forma de ATP (adenosina tri fosfato).
Iodo: Mineral que faz parte da composição dos hormônios da tireoide e atua nos sistemas cardiovascular, esquelético, respiratório e urinário. Resumidamente, pode-se dizer que o iodo é importante para o crescimento e desenvolvimento dos organismos.
Magnésio: É um sal mineral importante, apesar de menos abundante, atuando em atividades enzimáticas, duplicação dos ácidos nucleicos, síntese de vitamina D, transmissão de influxo nervoso, trocas iônicas da membrana celular, entre outras funções.
Potássio: Com o sódio, atua no funcionamento das células nervosas (Bomba de Sódio/Potássio). Além disso, contribui para o metabolismo, regulação da quantidade de água no organismo, produção de proteínas e glicogênio, excitabilidade neuromuscular, controle da pressão sanguínea, entre outras.
Sódio: Participa do funcionamento das células nervosas com o potássio (Bomba de Sódio/Potássio). Esse mineral também forma o sal de cozinha e participa da absorção de aminoácidos, glicose e água.