As proteínas
As proteínas, compostos orgânicos bastante abundantes, são constituídas por aminoácidos que formam cadeias entre si por intermédio de ligações peptídicas. Esses
aminoácidos são formados por um carbono, um ácido carboxílico, uma
amina e um radical, o qual varia de aminoácido para aminoácido.
Geralmente, para ser considerada uma proteína, a cadeia deve apresentar
mais de setenta aminoácidos. Quando a cadeia é menor, o termo adequado é
peptídeo.
Existe uma infinidade de proteínas nos
seres vivos, e elas variam de espécie para espécie. Organismos de um
mesmo táxon apresentam mais proteínas semelhantes, o que não acontece
com seres muito distintos. As proteínas diferenciam-se principalmente
pelo número de aminoácidos e pela sequência em que eles se dispõem nas
cadeias polipeptídicas.
As proteínas apresentam uma extensa lista de funções no organismo e
são encontradas em todas as estruturas da célula, substâncias
intersticiais, anticorpos, entre outros. Entre as funções que podem ser
atribuídas às proteínas, destacam-se seu papel no transporte de oxigênio
(hemoglobina), na proteção do corpo contra organismos patogênicos (anticorpos), como catalizadora de reações químicas (enzimas),
receptora de membrana, atuação na contração muscular (actina e
miosina), além de serem fundamentais para o crescimento e formação dos
hormônios.
Diante de tamanha importância, é fundamental que as proteínas sejam obtidas por meio de uma boa alimentação.
Entre os alimentos que se destacam pela grande quantidade desse
nutriente, podemos citar as carnes, leite, ovos, cereais integrais,
feijão, legumes e vegetais folhosos.
As proteínas podem ser classificadas em dois grandes grupos: as globulares e as fibrosas. As proteínas globulares
formam estruturas com formato esferoide. Nesse grupo, são encontradas
importantes proteínas, tais como as enzimas e anticorpos. Já as proteínas fibrosas
organizam-se em forma de fibras ou lâminas, e as cadeias de aminoácidos
ficam dispostas paralelamente. Diferentemente das globulares, estas são
pouco solúveis em água.
Além dessa classificação, podemos considerar as proteínas como simples, conjugadas e derivadas. As proteínas simples apresentam apenas aminoácidos. Nas proteínas conjugadas, além de aminácidos, existe um radical de origem não peptídica, que é denominado de grupo prostético. As proteínas derivadas,
por sua vez, não são encontradas na natureza e são conseguidas graças a
processos de degradação de proteínas simples ou conjugadas.
Utilizando-se como base seus níveis de
organização, as proteínas também podem ser classificadas em primárias,
secundárias, terciárias e quartenárias. Na estrutura primária, observa-se que a cadeia polipeptídica é linear e não apresenta, portanto, ramificações. Na estrutura secundária,
por sua vez, observa-se que a proteína não está esticada, e sim torcida
e dobrada, o que muitas vezes lembra a estrutura do DNA. Já na estrutura terciária, observa-se uma organização tridimensional globosa exclusiva das proteínas globulares. Por fim, temos as proteínas quartenárias, que
formam grandes enovelados. Uma proteína só pode ser classificada como
quartenária se apresentar duas ou mais cadeias polipeptídicas.
Uma característica importante das proteínas é sua capacidade de desnaturação.
Ao serem submetidas, por exemplo, ao calor excessivo, agitação,
radiação e pH extremo, observarmos que as estruturas secundárias e
terciárias desses compostos orgânicos alteram-se de maneira
irreversível, o que causa a perda de suas propriedades. É por isso que,
ao cozinhar alguns alimentos, perdemos muito do seu poder nutricional.
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